Aminata Aminata Aminata
terça-feira, 21 abril 2020 20:13

Comunicado

Nos últimos anos, o AMINATA recuperou de uma débil situação financeira e atingiu o equilíbrio das suas contas.

O atual cenário de pandemia, sem perspetiva de resolução no médio prazo, criou um clima de incerteza e de receio pelo impacto negativo na atividade ao longo dos próximos meses. O AMINATA é o único clube de natação do Alentejo com piscina própria e tem custos de funcionamento elevados, com salários, água, luz e gás.

Ainda antes da declaração do estado de emergência, por precaução face à pandemia de covid-19, o AMINATA tomou a iniciativa de encerrar as suas instalações, suspendendo desde o dia 16 de março o serviço público que disponibiliza à população eborense desde 1982, para prática de atividades desportivas, saúde e bem-estar, em ambiente aquático.

Antecipando-se às medidas extraordinárias de apoio às empresas, o AMINATA solicitou em 23 de março um empréstimo à banca, para fazer face à quebra financeira já verificada na tesouraria, sem resposta até à data.

Ao mesmo tempo, pediu aos Sócios e Utentes que continuassem a pagar quotas e mensalidades, o que permitiu realizar 79% dos compromissos salariais com os colaboradores do Clube, faltando liquidar os restantes 21%.

Tal como outras empresas portuguesas, o AMINATA encontra sérias dificuldades em aceder a apoios - para sobreviver ao impacto desta crise, foi forçado a recorrer ao lay-off simplificado, o que afeta a totalidade dos colaboradores - 19 do quadro, além de 3 prestadores de serviços, que interromperam a sua atividade.

Entretanto, têm sido realizados contactos com o executivo da Câmara Municipal de Évora, no sentido de encontrar soluções que permitam o reforço da tesouraria, para enfrentar um problema que ameaça a existência do Clube.

À exceção do diferimento de prazos para cumprimento de obrigações fiscais e da moratória aplicada a crédito não existem, neste momento, medidas anunciadas pelo Governo para mitigar o embate negativo nas instituições de utilidade pública, como é o caso do AMINATA (DR 168, II Série, de 24.7.91).

A Direção do AMINATA encara, com preocupação, a ausência de resposta célere aos incansáveis esforços para cumprir as obrigações salariais com os seus colaboradores, nomeadamente o valor remanescente de março e a parte que compete assegurar em abril - aproximadamente 7000€.

A continuar este cenário - não se desbloqueando respostas adequadas nos próximos dez dias, nem se perspetivando o retomar das atividades no curto prazo -, ficará em causa a sustentabilidade financeira, a manutenção dos postos de trabalho e a sobrevivência do próprio Clube.

Além do dramático impacto sobre as famílias que dependem do AMINATA, com o desaparecimento do Évora Clube de Natação, deixariam também de existir atletas locais das modalidades praticadas até agora, com cerca de 1100 associados e utentes mensais privados da prática federada, de lazer, ou atividade terapêutica.

Também a cidade de Évora perderia um equipamento com dimensão desportiva e capacidade para acolher as escolas de natação - cerca de 600 bebés e crianças de inúmeras famílias.

Os Órgãos Sociais.

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